As mil facetas do amor
O ser humano é completamente dependente de afeto, independente de idade ou sexo. Não há exceções. Todo mundo gosta de se sentir amado ou pelo menos querido. Se sentir importante para alguém. Só que essa dependência afetiva aumenta quando se descobrem as borboletas no estômago - as mulheres que o digam. Essa sensação gostosa que a gente sente quando está apaixonado e que traz consigo o sorriso bobo, o suor nas mãos, o frio na barriga e o nervosismo. Que faz a gente querer andar com uma placa pendurada no pescoço, dizendo: “OLHA PRA MIM”. Amar é nostálgico. O amor tem lá seus defeitos, seus choros, sua dor, mas vai dizer que estar amando alguém é ruim? Relacionamentos em si participam da nossa vida sempre, marcam momentos felizes, tristes, melancólicos, fofos, enfim, a vida sem amor não existe. Tem aquele doído, entre as telas de um computador, fios de telefone, onde a saudade aperta no peito toda vez que ele fica online ou passamos por aquela praça do primeiro encontro. Tem um que se vê todo dia, ao longe, na escola, no shopping, enfim, sempre longe. Tem aquele que cresce junto, tá lá do seu lado desde teu primeiro dia de aula até seu último choro, aquele melhor amigo que não é mais tão amigo assim, já é amor. Tem aquele que já foi teu, mas quer de volta, será que ele volta? E tem o melhor de todos: o recíproco.
Mas na maioria das vezes, quando não correspondido, esse
sentimento começa a criar feridas e, o que antes parecia preencher uma lacuna
afetiva, hoje gera mais buracos vazios. Amor tem que ser recíproco, devia ser
crime amar e não ser correspondido. Mas a vida é assim, a gente sofre, a gente
aprende. Há quem diga que prefere se apaixonar constantemente e quebrar a cara
do que ter um coração vazio. Sou assim, adoro borboletas no estômago — confesso — mas existem inúmeras interpretações desta frase. O coração nunca
estará vazio. A nossa família e os nossos amigos sempre estarão lá dentro, porque
amizade também é família e família é amor, logo amizade também é amor. Não tem
regra, não tem data, você vai se apaixonar, querendo ou não. Não te digo que
vai sofrer todo o tempo, mas também não irá sorrir 24h por dia. Amor é assim,
sem certeza alguma. O dia que virá deixa aquela dúvida, será que ele vai ligar?
Eu deveria mandar uma mensagem? Ele tá on, mando um oi? Ele me ama mesmo, ou
fica me olhando na aula por olhar? Duvido que não tenha tido alguma dessas
questões rondando tua mente.
Mas, sobre a existência do amor, só sei que existe o amor
que nunca morre, como diria Mário Quintana e que existe um outro amor que nunca
deveria morrer, o amor maior do mundo. O amor-próprio. Quando se conquista o
amor-próprio, qualquer outro amor torna-se alcançável. Porque o coração fica
seletivo e entende o que lhe fará ou não bem. Talvez o amor-próprio
seja uma borboleta que vive fugindo da gente cada vez que a gente encontra um
novo amor. Mas não pode, não. Ele tem que ficar para sempre, é uma questão de
prática. Não digo que meu coração está vazio, e sim limpo. Limpo de amores tóxicos,
platônicos e passados. Paixões que nutrem por um tempo e depois se tornam
insuficientes. Ninguém gosta de metades, de meios termos. Elas podem até
satisfazer durante um tempo, mas chega uma hora que você vê que isso não basta.
Esteja bem consigo mesma, fique feliz com o que você tem, com todas as suas
coisinhas e pessoas preciosas que caminham contigo. Aprenda: Paixão nenhuma vai
te fazer feliz até você amar em primeiro lugar a pessoa que você vê quando se
olha no espelho.