Quanto falta para você me amar?

I'm trying my best
To keep you satisfied
Let you get your rest
While I stayed up all night
And you don't wanna know
How alone I've been
Let you come and go
Whatever state I'm in


Foi o que eu te perguntei em mais uma das noites em que, antes de dormir, eu percebi como os dias são muito melhores ao seu lado.

Eu perguntei, mas você não me respondeu. A falta de respostas sempre foi algo que me incomodou muito nesse “seja-lá-o-que-for” que estamos vivendo. Afinal, você é meu? Então por que você continua me apresentando aos outros como amiga? Afinal, eu sou sua? Então por que suas atitudes fazem eu sentir que você tem vergonha de mim?

Ao seu lado eu tenho tido mais perguntas do que respostas. Sem mencionar o fato de sermos completamente diferentes. E sei que para você tá tudo bem viver um dia de cada vez e ver no que vai dar, mas pra mim não. Eu preciso de um mínimo de certeza antes de me jogar. Neste momento, estou escrevendo esse texto em meio a lágrimas, por que percebi que eu me joguei mesmo sem ter certeza de nada. Um problema de “incompatibilidade”, como você disse.

Confesso que estou há horas tentando encontrar a nossa incompatibilidade e acho que finalmente encontrei. Somos incompatíveis no sentimento. Eu amo você. Grande. Forte. Intenso. Com todas as letras e com tudo o que tem direito. Já você, gosta de mim. Pequeno. Morno. Contido. Sem muitas palavras e com o básico que se pode oferecer. Incompatíveis na disposição de se entregar.

Minhas experiências românticas foram traumáticas, confesso. Algumas mais, outras menos, mas nenhuma me fez perder a vontade de me jogar e viver o que estou sentindo, até o final. Talvez eu devesse ir com mais cuidado, justamente pela forma como meus amores antigos me marcaram. Mas, quando eu vejo, já tô falando que amo e fazendo tudo o que posso pela pessoa. Não consigo evitar. Eu amo. Eu amo demais. Eu tenho muito amor dentro de mim, mas não é todo mundo que está pronto ou disposto a lidar com essa avalanche.

Em uma das cenas do meu filme favorito, a Gigi Phillips acaba levando um fora por, mais uma vez, ter entendido as coisas errado e se jogado de cabeça em uma relação sem reciprocidade. No diálogo dessa cena, ela diz ao Alex que ele pode ser indiferente e se manter distante para não se machucar, mas isso só vai fazer com que ele perca a chance de se apaixonar por alguém. Então a Gigi diz: “Eu posso fazer muita estupidez, mas eu sei que eu estou mais perto de achar alguém do que você está”.  E é assim que me sinto. Me jogando de cabeça para não perder a chance de viver um romance quase como de cinema. Nem sempre dá certo, mas eu tentei.

Eu gosto de me doar ao máximo. Sou de falar que amo, querer beijos e abraços, desejar passar mais tempo juntos, prestar atenção em cada detalhe e fazer de tudo pelo outro. Não faço isso esperando algo em troca. Faço por que é o meu jeitinho de amar alguém. Eu só sei amar assim, com tudo incluso. Dói não receber algo em troca? Dói, mas não tem nada a ver com egoísmo. Dói por que machuca amar e não se sentir amada de volta.

Eu sei que eu estou amando sozinha. Eu sei que você sente bem menos do que eu sinto e que você se sente assustado, às vezes até sobrecarregado com o meu amor. Meu outro filme favorito diz que um dos dois sempre ama mais e eu sempre soube que, no nosso caso, sou eu. Só não imaginava que a distância entre o que sentimos um pelo outro fosse tão grande. Descobrir isso acabou comigo. Eu tinha esperanças de que você estivesse gostando cada dia mais de mim e que a distância entre nosso sentimento estivesse diminuindo. Mas não está.

Há algumas semanas, deitada no seu peito e ouvindo os batimentos do seu coração, eu te perguntei se ainda faltava muito para me amar. Lá no fundo, eu já sabia a resposta. A gente sempre sabe… Então aqui, pelo celular, a distância, eu mudo a pergunta: será que algum dia, nesses meses em que passamos juntos, você ao menos desejou me amar? Ah, e por favor, não responda. Eu acho que já sei a resposta para essa pergunta também…

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